Faces inenarráveis. Passos incontroláveis. Caminhando por calçadas de ruas sem nome, isso é tudo que vejo. Meus pensamentos me prendem a uma só necessidade: um encontro. Espero, com felicidade. Nuvens sussurram no estômago. Alegro-me aflita, então.
Obstinados seriam os dias se insistissem em não mudar. Mudam, pois.As lágrimas das nuvens acalmam. Chuva. Com ela fecho os olhos e, vejo o sorriso. Rendição de suspiros. Sinestesia.
Foram tantos os encontros e desencontros. Será o tempo, fortaleza dos dias, esconderijo desses sentimentos?
Há um coração, que teima em bater, respondendo que sim.
Abro os olhos e, sorrio sozinha. Corro na chuva à espera do tempo.
Ó saudade, minha herança e veneno. Enfermidade.