Saturday, December 3, 2011

Veio a chuva.
Limpou o telhado da minha casa cheio de pensamentos sujos
e a poeira do meu chão repleto de passado.
Trouxe pra mim a água das lágrimas de um sorriso sincero
e de um coração aberto.

Dizem que a chuva limpa a alma.
Não hesitei, pois.

Tuesday, November 8, 2011

Faces inenarráveis. Passos incontroláveis. Caminhando por calçadas de ruas sem nome, isso é tudo que vejo. Meus pensamentos me prendem a uma só necessidade: um encontro. Espero, com felicidade. Nuvens sussurram no estômago. Alegro-me aflita, então.

Obstinados seriam os dias se insistissem em não mudar. Mudam, pois.

As lágrimas das nuvens acalmam. Chuva. Com ela fecho os olhos e, vejo o sorriso. Rendição de suspiros. Sinestesia.

Foram tantos os encontros e desencontros. Será o tempo, fortaleza dos dias, esconderijo desses sentimentos?

Há um coração, que teima em bater, respondendo que sim.

Abro os olhos e, sorrio sozinha. Corro na chuva à espera do tempo.

Ó saudade, minha herança e veneno. Enfermidade.

Sunday, November 6, 2011

A noite que me cala,
só silencia as falas.
Atormenta minhas palavras.
A eternidade do teu sorriso
O subterfúgio do infinito
Transcrevo dias
Minha vida em palavras
Apogeus e perigeus
Pássaro grande foi embora.
Sem dor.
No ninho deixou os galhos.
Também, os sorrisos e abraços.
Voa alto, voa rápido.
O pássaro grande levou,
o meu amor.

Friday, October 14, 2011

Tu és, pra mim, mistério. Mesmo que me deixes com a ilusão do tempo vivido.

A cobiça. Briga infindável contra o sentimentalismo.

O gosto amargo dos desejos doces.

A ganância pela força e a contradição das palavras.

A indecisão das tuas ideias, que mudam na mesma frequência que tu apareces e, somes.

Meus pensamentos não são teus, mas minhas palavras são.

És aspiração.

Aprecio.

Já provei que a graça da vida é também, ser sem graça.

É a aventura do obstáculo que me agrada.

Quem és tu?

Tuesday, September 20, 2011

Wednesday, February 2, 2011

Faces inenarráveis. Passos incontroláveis. Caminhando por calçadas de ruas sem nome, isso é tudo que vejo. Meus pensamentos me prendem a uma só necessidade: um encontro. Espero, com felicidade. Nuvens sussurram no estômago. Alegro-me aflita, então.

Obstinados seriam os dias se insistissem em não mudar. Mudam, pois.

As lágrimas das nuvens acalmam. Chuva. Com ela fecho os olhos e, vejo o sorriso. Rendição de suspiros. Sinestesia.

Foram tantos os encontros e desencontros. Será o tempo, fortaleza dos dias, esconderijo desses sentimentos?

Há um coração, que teima em bater, respondendo que sim.

Abro os olhos e, sorrio sozinha. Corro na chuva à espera do tempo.

Ó saudade, minha herança e veneno. Enfermidade.

Tuesday, February 1, 2011

Viuvez consciente

Ensejo. Os dias, as horas e os minutos. Talvez até em uma fração de segundos. É assim que as coisas acontecem. Não se sabe o quão, o quando, o onde. Na tentativa de antever os momentos criamos infinitas possibilidades no acaso - ou seria destino? Nunca saberemos.
Atitudes, senhorias do nosso tempo: passado, presente, futuro. Ou quem sabe, não seria mais sensato dizer que submetidas ao tempo são as nossas atitudes. Relógio cronológico ou fisiológico, a qual se sujeitar? Em busca do equilíbrio entre ambos, malbaratamos instantes, pessoas e sentimentos. Honestamente, nunca precisei ir à procura do equilíbrio para transformar estes substantivos em perdas. Meu eu-lírico implícito se encarregou disso, sem mim. Ingrato. Uma obra prima digna de lamentos.
Tanto já deixei de ser, mostrar e sentir. Não pouco já deixei de ter. Adiei. De muitas não me arrependo, no entanto, as diminutas me doem. E por não espantosa reflexão, de sobejo houve a timidez e muito escassas foram as atitudes. Será que por falta de tempo? O mesmo que agora me sobra para escrever tais palavras de gestos inexistentes. Palavras frias e cortantes como os ventos do inverno sulista. Contudo, tornam-se pequenos estes emaranhados de letras se comparados às que poderiam ter se tornado significativas atitudes.
Seria expletivo dizer que o acontecido ou não é passado. Por tal motivo, não é válido perder tempo - o qual neste momento se encontra tão farto e que ainda assim, às vezes, nos é tão insuficiente - falando sobre isto. Eu não ousaria. É mais prudente falar do futuro. Irresoluto.
Quanto de tudo isso é certo e errado? A minha única e inexorável certeza é de que o que hoje me lesa, amanhã pode ser meu remédio. Nada é imutável. Tudo é relativo. Então me lembro de Caio quando diz: "Tô me afastando de tudo o que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!"